JOIAS DE ARTE

GLOSSÁRIO DE JOALHERIA

 

 

pingente em prata e opala

 

 

A-E F-M N-Z

 

 

A

Abalone – Molusco que tem uma concha revestida em nácar, muito utilizada na joalheria.


Acatassolamento – Efeito óptico luminoso, que lembra o olho de um gato, causado pela reflexão da luz sobre um conjunto de múltiplas fibras paralelas, agulhas ou canais ocos, encontrado em gemas como o crisoberilo, turmalina, silimanita e opala. O melhor efeito desse fenômeno se consegue com a gema lapidada no formato cabochão. Sinônimo de olho-de-gato.

 

Ácido – Substância corrosiva utilizada em gravação (água forte), em geral nítrico ou clorídrico.

 

Ácido Bórico – Pó branco que misturado a água forma uma pasta que é colocada sobre a superfície do metal, usado para evitar a oxidação produzida pelo calor do maçarico.

 

Ácido Nítrico – Ácido usado para limpeza do ouro e para gravação em prata, cobre ou latão.

 

Ácido Sulfúrico – Ácido usado para limpeza de metais preciosos.

 

Adularescência – Brilho branco azulado que se desloca sobre a superfície da gema quando lapidada em cabochão, característico da pedra-da-lua, uma variedade da adularia.

 

Água-forte – Termo bastante antigo, usado para designar o ácido, chamado atualmente de nítrico, quando diluído em água. Por ser usado num dos processos da calcografia, em que a imagem obtida na impressão é fixada sobre uma chapa metálica após a corrosão dos traços do artista, pelo ácido nítrico, passou a designar, além do processo, a matriz usada para a impressão da gravura e a própria gravura, já concluída.

 

Água-régia – Solução de ácido nítrico e clorídrico que pode dissolver o ouro.

 

Ajour – Termo Frances que significa abertura por onde passa a luz. Em joalheria se refere a um tipo de esmaltação em metal vazado, dando a aparência de um vitral.

 

Alpaca – Liga de cobre, níquel e zinco.

 

Âmbar – Resina fóssil, proveniente da secreção de uma espécie de pinheiro extinta há mais de 50 milhões de anos, o pinus succinifera, do período mesozoico, que por um processo de fossilização foi preservada. É uma mistura complexa de compostos orgânicos que depositada no solo, inicia a fossilização devido a um processo de polimerização que consiste na união de pequenas moléculas (monômero) em uma única “macromolécula”. Este processo confere a resina características físicas e químicas, bem diversas da resina original.

 

Amolite – Considerada a gema preciosa mais rara do mundo, o amolite é produto da fossilização do amonite, criatura pré-histórica que viveu há cerca 65 milhões de anos, no período Cretáceo. Até onde se sabe, estas gemas foram formadas no fundo dos mares primitivos. Conchas antes habitadas por criaturas marinhas já extintas guardaram as gemas no fundo do mar durante milênios. E durante todo esse tempo elas foram sendo recobertas por sedimentos minerais e fossilizados. Resultando em uma gema lisa na superfície, geralmente encontrada em matizes de vermelho vivo, verde e ouro. As gemas em tons de azul e púrpura são raríssimas e avidamente procuradas pela indústria joalheira. A amolite tem um brilho intenso similar ao brilho das pérolas, muito provavelmente porque possui a mesma composição mineral.

 

Anodizado – Processo eletrolítico aplicado em metais como titânio, nióbio, alumínio e tântalo, para produzir uma camada de óxidos – conforme a espessura da camada de oxido é produzida uma determinada cor.

 

Arame – Fio de ferro que serve para manter as peças unidas durante o processo de solda.

 

Arco de serra – Arco onde se monta o fio de serra para cortar o metal.

 

Ashanti – Técnica de fundição de origem primitiva, onde o modelo em cera era revestido, formando o molde.

 

Asterismo – Efeito óptico de reflexão da luz em forma de estrela, causado por conjuntos de múltiplas inclusões tubulares em forma de agulhas paralelas encontrado em gemas como diopsidio, rubi e safira. Sinônimo de efeito estrela.

 

Aventurescência – Pequenos reflexos brilhantes provocados pela reflexão da luz sobre microscópicas inclusões da gema, típicas do quartzo aventurina.

 

 

B

Banho eletrolítico – Deposição de uma camada de metal sobre uma peça por meio de corrente elétrica.

 

Banho (flash) – Banho muito rápido, resultando em uma camada muito fina.

 

Banho de Ródio – Deposição por eletrolise de uma fina camada de ródio sobre peças de metal prateado, ligas de ouro branco, prata e outros metais, dando a superfície alta resistência a arranhões, oxidação e sua característica cor branca altamente reflexiva.

 

Bigorna – Ferramenta com duas pontas laterais, sendo uma plana e outra cônica, usada para moldar o metal.

 

Birrefringência – Dupla refração que ocorre quando um raio de luz atravessa um cristal, dividindo-se em dois raios que se propagam em diferentes velocidades.

 

Biwa – Nome do maior lago de água doce no Japão, onde até recentemente houve produção de pérolas de cultura de água doce, muitas vezes chamadas pérolas biwa.

 

Bloco de chumbo – Suporte maleável onde se descansa uma peça para se dar forma com o uso de punções.

 

Bórax – Fundente usado para ajudar a solda a fluir, evitando a formação de óxidos, que normalmente se formam com o calor. Também usado para revestir cadinhos de material refratário.

 

Breu – Mistura de betume, gesso e cera usada para fazer cinzelados e repuxo.

 

Brilhante – Expressão de gíria muito utilizada para designar o diamante, mas que, em rigor, se refere a um estilo de lapidação e não a um material gemológico.

 

Brilho – Propriedade de uma gema de refletir a luz.

 

Bronze – Liga amarelo pálido usada para fundição, em geral de cobre e estanho.

 

Brunido – Forma de acabamento polido, onde a superfície é tratada mecanicamente.

 

Brunidor – Ferramenta de aço, hematita ou ágata, que se esfrega contra um metal mais mole para endurecê-lo ou polir.

 

Brunir – Polir uma superfície esfregando com um utensílio, geralmente de aço, hematita ou ágata.

 

Bruto – Adjetivo que qualifica os materiais gemológicos não trabalhados e peças de bijuteria ainda sem o banho de metal precioso.

 

Buril – Ferramenta de aço munida de cabo e terminada em ponta de diversos perfis, usada para gravar, escavar ou riscar o metal.

 

 

C

Cabochão – Estilo de lapidação milenar que consiste numa superfície curva polida com base plana ou convexa e de contornos variados. É mais usada para gemas não transparentes ou com inclusões, assim como para gemas com efeitos ópticos particulares, como, por exemplo, asterismo, olho-de-gato e iridescência.

 

Cadinho – Recipiente refratário onde se derretem metais e outras substâncias que exigem altas temperaturas para fundir.

 

Camafeu – Gravura em relevo, geralmente efetuada em pedras translúcidas e opacas. São também chamados camafeus peças obtidas por modelagem ou prensagem em materiais como o vidro e cerâmica.

 

Carburundum – Abrasivo industrial, de carbonato de silício.

 

Carvão – Inclusão negra observada nos diamantes.

 

Chainmail ou chainmaille – Técnica de entrelaçamento de elos ou argolas de modo a formar um “tecido de metal”, inventada pelos celtas por volta de 400 aC para confecção de armaduras, sendo logo em seguida adotada pelo Império Romano e outras culturas, desde então esta técnica tem sido usada para diversos fins, ainda hoje é usada em roupas para defesa de mordidas de tubarão, luvas para açougueiro e uma série de outras aplicações.
A técnica medieval foi posteriormente adotada para confecção de joias, coletes, cintos, bolsas e uma série de outros acessórios, incorporando materiais como pérolas, pedras, placas de metais, sementes e uma infinidade de outros materiais.

 

Champlevé – A mais popular forma de esmaltação. O termo em francês significa “campo elevado”. Nesta técnica o esmalte é aplicado em depressões feitas na peça, deixando expostas as áreas de metal em alto relevo.

 

Cintura – Parte mais larga, que separa a coroa do pavilhão em uma gema lapidada, por onde normalmente é cravada. A cintura pode ser polida, facetada ou, simplesmente, não trabalhada. Sinônimo de rondiz.

 

Cinzel – Ferramenta de aço temperado, utilizada para cinzelar.

 

Cinzelar – Processo de gravar uma figura sobre o metal com o uso de punção (cinzel), até reproduzir um desenho, ou uma série de linhas, pela parte frontal do metal.

 

CITES – Abrev. de "Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora" que é um tratado que regula o comércio internacional de espécies de fauna e flora selvagem em vias de extinção e que foi assinado em Washington, em 1973, tendo entrado em vigor em 1975. Atualmente, existem mais de 160 países signatários do tratado, incluindo a União Europeia. Neste tratado são protegidos animais que estão na origem de alguns materiais gemológicos tais como, elefante, rinoceronte, hipopótamo, narval, cachalote, morsa, tartaruga marinha, coral azul e coral negro.

 

Clivagem – Propriedade relativa à forma como muitos minerais quebram segundo planos bem definidos. Usa-se a clivagem para dividir cristais de grandes dimensões ou para retirar áreas defeituosas.

 

Cloisonné – Termo francês que significa “dividido” “cela” “espaço fechado”. Na esmaltação cloisonné as cores que formam os desenhos são separadas umas das outras por fios ou “cloisons” de metal. O processo consiste em dividir a peça a ser esmaltada em pequenos espaços com fios retangulares de metal e posteriormente preenchê-los com esmalte.

 

Cobre – Metal vermelho, maleável e dúctil, muito utilizado em ligas de ouro e prata.

 

Conta – Esfera com um orifício no meio, usada para montar colares, pulseiras, rosários, etc.

 

Contra esmalte – Esmalte aplicado na parte posterior de uma lamina para resistir a tensão que o esmalte irá provocar durante a esmaltação.

 

Contraste – Símbolo gravado em joias, que indica o título do metal, ou seja, o teor de metal puro com que foram fabricadas, 750 ou 18K para o ouro 18 quilates, 950 ou 925 para a prata.

 

Cor do traço – Cor que pode ser vista riscando um mineral em uma placa de porcelana sem esmalte, denominada “placa para risco”. A cor do traço, pode ajudar na identificação de algumas gemas.

 

Coroa – Porção superior de uma pedra facetada onde se encontra a mesa, separada do pavilhão pela rondiz.

 

Corrosão – Ação de corroer lentamente. Desgaste que pode acontecer naturalmente por agentes do meio ambiente, quimicamente, quando o material é atacado por ácidos ou álcalis que dissolvem a superfície do metal ou eletrolítica, quando o metal funciona como catodo em um gerador de corrente.

 

Craquelado – A chapa de metal é trabalhada de forma irregular, montada em tamanhos e formas diferentes, dando a superfície do metal uma aparência de pequenas rachaduras.

 

Cravação – Técnica de montar e encaixar as pedras nas suas armações de metal. Sinônimo de engastar.

 

ct. – Símbolo de quilate, usado para gemas.

 

Culatra – Ponta, vértice ou extremidade de uma pedra lapidada. A culatra nem sempre constitui uma faceta polida, podendo apenas ser uma extremidade pontiaguda.

 

 

D

Decapagem – Tratamento químico que remove o óxido da superfície do metal - Limpeza por ácido.

 

Decapante – Solução ácida utilizada para eliminar os óxidos e resíduos de bórax da superfície do metal depois de recozido ou soldado.

 

Decapar – Processo que emprega uma solução ácida para eliminar os óxidos do metal que se formam durante o recozimento ou solda.

 

Densidade Relativa – A densidade relativa de um mineral depende de sua composição química e de sua estrutura cristalina. É a razão entre a massa específica de um mineral e a massa específica da água destilada a 40C, ou, em outras palavras, é o número de vezes que um certo volume de um mineral é mais pesado do que o mesmo volume de água destilada a 40C. Pode ser muito importante na identificação de uma gema.

 

Diafaneidade – Qualidade do que é diáfano, transparente. É uma das propriedades físicas da gema que mais influência no seu valor, juntamente com a cor e o peso.

 

Diamantado – Efeito de acabamento feito com ferramenta de ponta diamantada, que permite um alto brilho na superfície da peça como se estivesse cravejada de diamantes.

 

Dispersão – Consiste na decomposição da luz branca nas cores do arco-íris, ao atravessar um material transparente em ângulo oblíquo. Esta propriedade das gemas, é responsável pelo efeito cromático popularmente denominado fogo.

 

Doblet – Gema composta, já conhecida há cerca de dois mil anos. Consiste em uma junção, com colas incolores ou vivamente coloridas, de dois pedaços de materiais diferentes que podem ser transparentes ou translúcidos.

 

Dúctil – Qualidade do que pode se reduzir a fios, estirar, distender sem se romper. Flexível, maleável, elástico.

 

Dureza – Resistência dos materiais à abrasão ou à penetração, sendo geralmente apresentada em função da Escala de Mohs. Um número significativo de gemas tem dureza superior a 7, sendo esta propriedade de particular importância não só na sua identificação, como também na sua durabilidade. É altamente desencorajado o teste de durezas em gemas já lapidadas, já que é potencialmente destrutivo, podendo danificar os materiais gemológicos.

 

Dureza de Mohs – Ver Escala de Mohs.

 

 

E

Eco desenho – Refere-se ao desenvolvimento de um produto de tal forma que os impactos ambientais sejam reduzidos substancialmente durante a confecção e o ciclo de vida do produto.

 

Efeito alexandrita – Fenômeno caracterizado pela mudança de cor da gema de acordo com a fonte de luz.

 

Eletrodeposição – Deposição de um metal sobre o outro por meio de eletrolise.

 

Eletrodo – Cada um dos terminais de um circuito elétrico, por onde a corrente entra ou sai.

 

Eletroformação – Forma de eletrodeposição de metais, usado para produção de peças com formas intrincadas e paredes finas. Os moldes podem ser de cera, plástico ou metais de baixa fusão, que se tornam condutivos pela aplicação de pó metálico, e são recobertos de forma convencional. Os metais mais usados para eletrodeposição são o cobre, níquel, prata e ouro. Quando se completa o processo de revestimento o molde é removido por diversos métodos, dependendo do material com que é construído.

 

Embutir – Dar forma a uma chapa de metal, trabalhando-a em um molde com um martelo ou embutidores, geralmente terminados em forma esférica.

 

Engaste – Técnica de montar e encaixar as pedras nas suas armações de metal.

 

Escala de Mohs – Escala numérica idealizada pelo mineralogista alemão Frederick Mohs, em 1822, dispondo 10 minerais comuns numa sequência de 1 a 10, dos menos aos mais duros, sendo que os de número superior riscam os de menor número, nunca sendo riscados por estes: 1 - Talco, 2 - Gesso, 3 - Calcita, 4 - Fluorita, 5 - Apatita. 6 - Ortoclásio, 7 - Quartzo, 8 - Topázio, 9 - Coríndon, 10 - Diamante. Esta escala é meramente relativa, apenas relacionando durezas entre minerais.

 

Escareador – Barra ou agulha fina de aço, com arestas cortantes que permite alargar buracos ou limpar tubos.

 

Escovado - Efeito de acabamento conseguido com diferentes escovas e lixas.

 

Esmaltar – Técnica em que o metal é colorido utilizando-se esmaltes, que são derretidos a altas temperaturas, com maçarico ou forno, que na forma líquida aderem ao metal. A técnica é também chamada de “esmaltação a fogo”.

 

Esmalte – Material vítreo, composto de sílica, potássio e colorido com óxidos metálicos, que derretido sobre o metal produz uma camada brilhante e dura de aspecto vítreo.

 

Espectro de absorção – Métodos para identificação das gemas naturais, sintéticas ou tratadas. Consiste em observar as bandas de absorção que se formam no espectro luminoso ao atravessar uma gema, característicos de cada mineral. Os comprimentos de onda, são absorvidos da gema, permitindo a visão da cor da mesma como resultante das partes restantes da luz, que na origine é branca.

 

Estampa – Processo para transferir um desenho de uma punção para o metal.

 

Estilheira – Peça de madeira fixada na banca de trabalho que serve como apoio das peças para serrar, limar, etc.

 

Estrela de toque – Estrela de metal com cinco pontas, sendo que em cada ponta contém uma liga de ouro diferente, usada para testar o quilate do ouro por comparação.

 

 

A-E F-M N-Z